Capítulo III – Uma visão diferente

 

Estou tão aborrecido neste quarto, já mexi no portátil da moça que fica neste quarto, gostei das fotos. Ela até que é bonitinha, cabelos escuros e olhos cinza, um contraste perfeito. Quem me dera apenas tenho os cabelos pretos, mas os meus olhos também o são.

Já me fartei de estar aui fechado no quarto, quero passear. Após a minha pequena coleguinha de quarto ter ido para as aulas decidi sair. Desfiz o feitiço de boneco e voltei a minha forma humana. Porém não sou só humano, mas também não vão ficar a saber o que eu sou.

Per potentiam quae est in me, et invisibilia manent.” – Decidi lançar um feitiço de invisibilidade. Finalmente estou invisível posso sair. Andava pelos corredores até avistar a minha pequena. Espera eu disse minha, eww! que nojo. Fiquei perto dela, observei tudo o que aconteceu. A cara do idiota não me saía da cabeça. “Vocês vão se arrepender amargamente disto” ouvi a Ray a gritar, sim Ray uma alcunha que dei à minha pequena. Opah lá estou eu a dizer minha pequena outra vez.

Continuando, sim eles vão se arrepender, eu mesmo vou tratar disso. Assim que vi a Ray levantar-se deduzi que ela fosse ao quarto. ESPERA AÍ!!! Ela vai pro quarto vai ver que não estou lá, Matthew acalma-te ela está estressada. Ela provavelmente não vai reparar em nada. Eu acompanhei o Ryan, sim sei o nome, pois ouvi ele a dizer. Ele dirigia-se ao próprio quarto, deduzi isto, já que abriu a porta com a chave.  Olhei em redor, hm é daqueles típicos atletas que se acham os melhores da escola inteira. Já sei qual vai ser a punição dele, vou me divertir tanto, mas tanto. Seria errado adorar ver o suposto machão da escola gritar que nem uma donzela indefesa. Hahah é obvio que não vai ser muito divertido. Mas só o poderei fazer de noite, a Ray tem que estar a dormir, na verdade, toda a faculdade deve estar a dormir. No entanto vamos perturbá-lo um pouco agora? Sim, sim agorinha mesmo.

Sorri de lado e comecei a usar os meus poderes para deixar cair alguns objetos. Só o ouvia a rir e ainda dizia que era uma piada engraçada. “Olha já podes parar” - acrescentava ele rindo. Concentrei-me fechei os olhos e dei vida ao boneco que estava no quarto dele. Sim, todos os quartos tem um boneco, mas só eu tenho poderes. Ele ao ouvir algo a mexer olhou para trás, em direção ao boneco.  Com medo saltou para cima da cama e começou a gritar pela mãe, pois o boneco estava vivo e ficou com os olhos vermelhos florescentes. Com uma voz assustadora, faço o boneco dizer as seguintes palavras.  “Aconselho-te a sonhares como se fosses viver para sempre, mas que vivas como se fosses morrer amanhã”. Retirei novamente a vida ao boneco quando o vi a chorar de tanto medo. Este ato fez com que o boneco caísse ao chão sem vida. Sem me ver, pois ainda me encontrava invisível, falei - para ele se preparar porque o iria punir mais tarde e que ele iria ter uma morte dolorosa. Só conseguia ouvir o seu choro, antes de sair consegui ouvi-lo a perguntar quem ali estava, sem obter nenhuma respostas.

Já era de noite, mas não é ainda a altura certa para matar Ryan, quero ver se ele vai acusar a minha pequena amanhã. Okay eu tenho de parar com isto, preciso parar de chamá-la assim, credo que nojo. Eram exatamente dez da noite, ela estava na secretária a escrever algumas coisas, provavelmente já tinha alguns trabalhos para realizar. Ela parecia bastante concentrada, tão bonita. Ai o que? Matt tu para com essas coisas pirosas, até já estou com vontade de vomitar. Continuei ali parado e calado a olhar para ela, até que surgiu uma ideia. Vou assustá-la um pouco, só espero não ir longe de mais, não a quero afastar de mim.

//-----------------------------------//-----------------------------------------//-----------------------------------//

Credo isto foi um dia estupido mesmo, espero que amanhã tudo corra melhor. Já era de noite devem ser umas dez, onze horas, estou sentada na escrevaninha a começar alguns trabalhos que os professores indicaram. Aproveitei o restante do tempo para realizar alguns resumos das matérias que foram dadas hoje, assim fica mais fácil quando chegar as épocas de provas.

Ao fim de um tempo assustei-me, credo estava tudo em silencio e do nada BAM! Um toque esquisito começou a sair do meu telemóvel. O que é mais estranho é não me lembrar de ter posto este toque. O telemóvel estava virado com a tele para baixo, peguei nele e reparei que estava aberto no Youtube. Ao olhar o vídeo reparei que a cada segundo ele ficava mais bizarro, era demasiado macabro. As imagens encontravam-se um pouco distorcidas, porem dava para entender que eram imagens de assassinatos, mas eram uns homicídios fora do comum pareciam até… rituais demoníacos.

A música também ficava mais assustadora a cada momento, parecia que até avisa-se que algo iria acontecer, envolvendo uma morte. Eu já não estava a gostar disto e desliguei o telemóvel completamente, depois voltei a ligá-lo. Agora vão ficar assim, Rachel era só saíres do Youtube, sim eu sei, mas não acham estranho o telemóvel ligar sozinho no Youtube com uma música daquelas. Preferi desligar.

Parece que desligar o telemóvel não resolveu de nada, pois a música tocou novamente, arregalei os olhos, encarei o telemóvel, desta vez o ecrã estava preto, mas a música continuava. Vi o reflexo do boneco na tela, um arrepio percorreu o meu corpo. Ele já não olhava para a cama, mas estava a olhar diretamente para mim. De repente a música parou e o telemóvel ligou-se novamente. O descanso não durou muito tempo. Alguém estava a ligar-me por chamada. Achei que fosse a minha mãe e atendi. - “Olá, mãezinha, ta tudo bem?” perguntei, não obtive resposta. – “Alo? Mãe? falei novamente. Apenas ouvi um chiado, um som fixo e irritante. Desliguei e fui verificar o número. Confesso que por um instante a alma saiu do corpo, arrependi-me de ter atendido o número 666 brilhava no ecrã. Exatamente igual ao do meu quarto.

“Pai amado porque sou tão curiosa”, após dizer isto retornei a chamada. Ouvi um toque, não conheço esta música. Parece que o som vem de trás de mim, olhei e segui o som, fiquei de frente para o boneco. O toque estava mais alto, reparei que o som vinha do bolso das calcas dele. Tirei o telemóvel do bolso, parecia um modelo mais antigo que o meu. Vi que o meu número brilhava na tela daquele telemóvel. Afastei-me do boneco suspirando fundo, fui me sentir na cama. Tentei desbloquear, mas não consegui. Pensei em algo mas deve ser estupidez fazer isto, alguém deve ter posto la o telemóvel, não é? Vou tentar mesmo assim, direcionei-me novamente ao boneco, peguei na mão dele e encostei o dedo dele no botão para aquilo ler-lhe a impressão digital. Para o meu espanto o telemóvel desbloqueou-se, olhei para os olhos dele antes de voltar a sentar-me na cama. Olhei para o papel de parede, parece algo escrito em latim, fui pesquisar no portátil. Okay pelos vistos é algo como “O bem encontra-se atras de ti enquanto o mal está mesmo a tua frente, brinca comigo.”

Este telemóvel é do boneco? Que tipo de brincadeira é esta, eu devo estar a ficar louca só pode. Levantei-me para deixar o telemóvel na escrevaninha e arrumar os meus cadernos, mas fiquei com medo. Quem veio cá por isto, isto não estava aqui antes… Era um pequeno papel onde estava escrito, “Cuida de mim, princesa” – a letra era bonita e elegante, mas quem pós isto aqui? Ninguém entrou no quarto… Não pode ser ele, pode? Simplesmente vou me deitar não quero me estressar com esta situação. Amanhã vou ver aquele grupinho de idiotas novamente, que nervos que eles me dão e olha que foi só o primeiro dia. Só espero que se estejam mais calmos amanhã fogo. Virei o boneco de gostas e fui-me deitar, em pouco tempo adormeci.

Sem comentários:

Enviar um comentário

As vossas ideias

Olá, meus lindos/as      Obrigada pelo apoio, estou aqui a deixar esta mensagem que amanhã sai a primeira parte do capítulo I, sim primeira ...