Estou tão
aborrecido neste quarto, já mexi no portátil da moça que fica neste quarto, gostei
das fotos. Ela até que é bonitinha, cabelos escuros e olhos cinza, um contraste perfeito. Quem me dera apenas tenho os cabelos pretos, mas os meus olhos também
o são.
Já me fartei de
estar aui fechado no quarto, quero passear. Após a minha pequena
coleguinha de quarto ter ido para as aulas decidi sair. Desfiz o feitiço de
boneco e voltei a minha forma humana. Porém não sou só humano, mas também não
vão ficar a saber o que eu sou.
“Per potentiam
quae est in me, et invisibilia manent.” – Decidi lançar um feitiço de
invisibilidade. Finalmente estou invisível posso sair. Andava pelos corredores
até avistar a minha pequena. Espera eu disse minha, eww! que nojo. Fiquei perto
dela, observei tudo o que aconteceu. A cara do idiota não me saía da cabeça.
“Vocês vão se arrepender amargamente disto” ouvi a Ray a gritar, sim Ray uma
alcunha que dei à minha pequena. Opah lá estou eu a dizer minha pequena outra
vez.
Continuando, sim
eles vão se arrepender, eu mesmo vou tratar disso. Assim que vi a Ray
levantar-se deduzi que ela fosse ao quarto. ESPERA AÍ!!! Ela vai pro quarto vai
ver que não estou lá, Matthew acalma-te ela está estressada. Ela provavelmente
não vai reparar em nada. Eu acompanhei o Ryan, sim sei o nome, pois ouvi ele a
dizer. Ele dirigia-se ao próprio quarto, deduzi isto, já que abriu a porta com
a chave. Olhei em redor, hm é daqueles
típicos atletas que se acham os melhores da escola inteira. Já sei qual vai ser
a punição dele, vou me divertir tanto, mas tanto. Seria errado adorar ver o
suposto machão da escola gritar que nem uma donzela indefesa. Hahah é obvio que
não vai ser muito divertido. Mas só o poderei fazer de noite, a Ray tem que
estar a dormir, na verdade, toda a faculdade deve estar a dormir. No entanto
vamos perturbá-lo um pouco agora? Sim, sim agorinha mesmo.
Sorri de lado e
comecei a usar os meus poderes para deixar cair alguns objetos. Só o ouvia a
rir e ainda dizia que era uma piada engraçada. “Olha já podes parar” -
acrescentava ele rindo. Concentrei-me fechei os olhos e dei vida ao boneco que
estava no quarto dele. Sim, todos os quartos tem um boneco, mas só eu tenho
poderes. Ele ao ouvir algo a mexer olhou para trás, em direção ao boneco. Com medo saltou para cima da cama e começou a
gritar pela mãe, pois o boneco estava vivo e ficou com os olhos vermelhos
florescentes. Com uma voz assustadora, faço o boneco dizer as seguintes
palavras. “Aconselho-te a sonhares como
se fosses viver para sempre, mas que vivas como se fosses morrer amanhã”.
Retirei novamente a vida ao boneco quando o vi a chorar de tanto medo. Este ato
fez com que o boneco caísse ao chão sem vida. Sem me ver, pois ainda me
encontrava invisível, falei - para ele se preparar porque o iria punir mais
tarde e que ele iria ter uma morte dolorosa. Só conseguia ouvir o seu choro,
antes de sair consegui ouvi-lo a perguntar quem ali estava, sem obter nenhuma
respostas.
Já era de noite,
mas não é ainda a altura certa para matar Ryan, quero ver se ele vai acusar a
minha pequena amanhã. Okay eu tenho de parar com isto, preciso parar de
chamá-la assim, credo que nojo. Eram exatamente dez da noite, ela estava na
secretária a escrever algumas coisas, provavelmente já tinha alguns trabalhos
para realizar. Ela parecia bastante concentrada, tão bonita. Ai o que? Matt tu
para com essas coisas pirosas, até já estou com vontade de vomitar. Continuei
ali parado e calado a olhar para ela, até que surgiu uma ideia. Vou assustá-la
um pouco, só espero não ir longe de mais, não a quero afastar de mim.
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Credo isto foi um
dia estupido mesmo, espero que amanhã tudo corra melhor. Já era de noite devem
ser umas dez, onze horas, estou sentada na escrevaninha a começar alguns
trabalhos que os professores indicaram. Aproveitei o restante do tempo para
realizar alguns resumos das matérias que foram dadas hoje, assim fica mais
fácil quando chegar as épocas de provas.
Ao fim de um
tempo assustei-me, credo estava tudo em silencio e do nada BAM! Um toque
esquisito começou a sair do meu telemóvel. O que é mais estranho é não me
lembrar de ter posto este toque. O telemóvel estava virado com a tele para
baixo, peguei nele e reparei que estava aberto no Youtube. Ao olhar o vídeo
reparei que a cada segundo ele ficava mais bizarro, era demasiado macabro. As
imagens encontravam-se um pouco distorcidas, porem dava para entender que eram
imagens de assassinatos, mas eram uns homicídios fora do comum pareciam até…
rituais demoníacos.
A música também
ficava mais assustadora a cada momento, parecia que até avisa-se que algo iria
acontecer, envolvendo uma morte. Eu já não estava a gostar disto e desliguei o
telemóvel completamente, depois voltei a ligá-lo. Agora vão ficar assim, Rachel
era só saíres do Youtube, sim eu sei, mas não acham estranho o telemóvel ligar
sozinho no Youtube com uma música daquelas. Preferi desligar.
Parece que
desligar o telemóvel não resolveu de nada, pois a música tocou novamente,
arregalei os olhos, encarei o telemóvel, desta vez o ecrã estava preto, mas a
música continuava. Vi o reflexo do boneco na tela, um arrepio percorreu o meu
corpo. Ele já não olhava para a cama, mas estava a olhar diretamente para mim.
De repente a música parou e o telemóvel ligou-se novamente. O descanso não
durou muito tempo. Alguém estava a ligar-me por chamada. Achei que fosse a
minha mãe e atendi. - “Olá, mãezinha, ta tudo bem?” perguntei, não obtive
resposta. – “Alo? Mãe? falei novamente. Apenas ouvi um chiado, um som fixo e
irritante. Desliguei e fui verificar o número. Confesso que por um instante a
alma saiu do corpo, arrependi-me de ter atendido o número 666 brilhava no ecrã.
Exatamente igual ao do meu quarto.
“Pai amado porque
sou tão curiosa”, após dizer isto retornei a chamada. Ouvi um toque, não
conheço esta música. Parece que o som vem de trás de mim, olhei e segui o som,
fiquei de frente para o boneco. O toque estava mais alto, reparei que o som vinha
do bolso das calcas dele. Tirei o telemóvel do bolso, parecia um modelo mais
antigo que o meu. Vi que o meu número brilhava na tela daquele telemóvel.
Afastei-me do boneco suspirando fundo, fui me sentir na cama. Tentei
desbloquear, mas não consegui. Pensei em algo mas deve ser estupidez fazer
isto, alguém deve ter posto la o telemóvel, não é? Vou tentar mesmo assim,
direcionei-me novamente ao boneco, peguei na mão dele e encostei o dedo dele no
botão para aquilo ler-lhe a impressão digital. Para o meu espanto o telemóvel
desbloqueou-se, olhei para os olhos dele antes de voltar a sentar-me na cama.
Olhei para o papel de parede, parece algo escrito em latim, fui pesquisar no
portátil. Okay pelos vistos é algo como “O bem encontra-se atras de ti enquanto
o mal está mesmo a tua frente, brinca comigo.”
Este telemóvel é
do boneco? Que tipo de brincadeira é esta, eu devo estar a ficar louca só pode.
Levantei-me para deixar o telemóvel na escrevaninha e arrumar os meus cadernos,
mas fiquei com medo. Quem veio cá por isto, isto não estava aqui antes… Era um
pequeno papel onde estava escrito, “Cuida de mim, princesa” – a letra era
bonita e elegante, mas quem pós isto aqui? Ninguém entrou no quarto… Não pode
ser ele, pode? Simplesmente vou me deitar não quero me estressar com esta situação.
Amanhã vou ver aquele grupinho de idiotas novamente, que nervos que eles me dão
e olha que foi só o primeiro dia. Só espero que se estejam mais calmos amanhã fogo.
Virei o boneco de gostas e fui-me deitar, em pouco tempo adormeci.
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